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  • Fernando Flessati

Grooming e os perigos da internet

A ideia do grooming não é nova, data do século passado. As preocupações iniciais do legislador com esse tipo de ação contra crianças partem do Reino Unido e entram nas propostas da ONU para proteção da infância e da juventude.

O que preocupa é o aumento de casos praticados no anonimato e na velocidade da internet e seus diversos canais de interação e comunicação. Grooming é a ação deliberada pela qual um adulto procura assediar sexualmente uma criança através do uso da Internet ou de programas de mensagens. Para estabelecer uma relação ou amizade com a vítima e ganhar sua confiança, esses adultos geram falsos perfis nas redes sociais.

O grooming se caracteriza pelo acesso a perfis falsos nas redes sociais. Através desse esquema, criminosos pedófilos buscam ganhar a confiança de crianças, de jovens e de idosos por meio da troca de mensagens. Na medida que os contatos virtuais se intensificam, as vítimas se dispõem a confiar, trocando fotos, filmes e intimidades através das redes sociais. A evolução da confiança pode levar a chantagem e ao domínio das vítimas.

Buscando o uso responsável e seguro da tecnologia, a argentina Movistar desenvolveu a audaciosa campanha #ElegíCuidarte, fornecendo mais informações e conselhos para evitar diferentes formas de assédio através do seu site.

Grooming na velocidade da web

Na campanha veiculada pela Movistar, e na vida virtual, a abordagem, a confiança e a interação se desenvolvem rapidamente. Dois adolescentes que não se conhecem são adicionados às suas redes sociais. De alguns gostos cruzados, eles falam um com o outro. "O que você está fazendo? Nada, aqui, chato, você? Envie-me uma foto." Tudo dentro da normalidade. O contato cresce e depois de algumas semanas de chat e conversa 2.0 são quase mais do que amigos; Há confiança e até mesmo carinho. Eles permanecem em um quadrado: ele com uma jaqueta preta e ela em rosa. É quando o choque chega.

Como prevenir?

  • Cabe aos pais e professores o mais importante papel: curadores, buscando a abertura e o diálogo com as crianças e jovens.

  • Cabe aos legisladores o interesse e agilidade para identificar e abordar o tema, criar e aprovar ou atualizar leis que possam combater a ofensa.

  • Cabe a ONG's e as escolas propagarem a informação e atitudes necessárias ao apoio as vítimas.

  • Cabe a sociedade e a mídia denunciar através de campanhas educativas e ações organizadas.

Os diálogos, fotos, filmes e outros materiais que estão nos celulares em poder dos jovens não devem ser apagados. São provas para o combate e a ação.

No sistema brasileiro nem todas as delegacias de polícia são especializadas em crimes cibernéticos, mas todas podem receber as denúncias e agir. Ressalto aos pais e professores que, a via legal para o recolhimento do material ofensivo propagado pelo criminoso pode ser longa. O caminho extra judicial pode abreviar o sofrimento das vítimas suspendendo a exibição. Facebook, Google, Instagram e mensageiros estão sensíveis a essa solicitação.

Sobre o autor: Fernando Flessati é professor, consultor e especialista em marketing digital

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